A Renaturalização da Bacia do Rio Jacaré é um projeto financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
O projeto tem como objetivo indicar as interveções de recuperação do ecossistema do rio, da sua Área de Preservação Permanente (APP), melhorias de saneamento das comunidades do entorno e a implantação de soluções de drenagem sustentável para a Estrada Frei Orlando, com a implantação de jardins filtrantes.
Além das ações de restauração do ecossistema do rio, serão feitos investimentos em melhorias da infraestrutura nas comunidades do Vale Verde, Cabrito, Coqueiro e Boa Esperança, será implantado o módulo do Médico de Família (prédio com arquitetura sustentável) e o Centro de Referência de Sustentabilidade Urbana – CERSU, que será implantado em parceria com a UFF.
A concepção do projeto para o Rio Jacaré foi acompanhado por um grupo de pesquisadores da UFF que elaborou o diagnóstico da bacia, indicando os principais desafios a serem superados para a renaturalização do rio. Também foi realizado um workshop internacional, com a participação de especialistas dos EUA (Margareth Palmer e Solange Filoso, da Universidade de Maryland), Pedro Teiga, de Portugal, e Fernando Magdaleno, membro do Centro Ibérico de Restauração Fluvial, além da equipe da UFF.
1ª etapa
Estudo da dinâmica ambiental da Bacia do Rio Jacaré – convênio UFF
2ª etapa
Levantamento fundiário da FMP do Rio Jacaré e da legislação ambiental e urbana que incidem na área;
Mobilização dos habitantes locais para atuarem como protagonistas do processo;
Projeto /obras requalificação ambiental (Saibreira, Vale verde e Coqueiro);
Projeto executivo de Renaturalização da Bacia do Rio Jacaré;
Cadastro socioeconômico para identificação da população de baixa renda
3ª etapa
Demolição das construções que não configuram moradias na FMP do Rio Jacaré;
Implantação de sistemas individuais de esgotamento sanitário alternativo, para as edificações que estão abaixo da estrada frei orlando;
Obra de Renaturalização do Rio Jacaré;
Revegetação da FMP;
Recuperação e proteção de nascentes.
Remoção de uma camada de aproximadamente 20 cm ao longo de todo o rio
Com o rebaixo da cota de fundo do Rio Jacaré, o nível do lençol freático adjacente mais alto, passa a ser aflorante na calha, aumentando o escoamento visível e indo ao encontro à necessidade de reconfiguração do córrego principal do Rio Jacaré, para que este possua um caráter hidráulico mais vísivel à população. Essa proposição é associada à implantação de degraus de controle de nível no Rio para que tal intervenção não cause desequilíbrio dos processos de erosão/sedimentação.
Tipologias da área de intervenção:
Tipologia A – trecho confinado em galerias
Tipologia B – trecho canalizado
Tipologia C – trecho conservado e antropizado
Tipologia D – trecho conservado e natural
Caixa de retenção de carga difusa – controle da carga poluente afluente ao sistema, consolidando o sistema de esgotamento sanitário e adotando medidas de controle de cargas difusas.
Trechos urbanos densos com demanda por espaços e áreas de lazer. Essas áreas serão requalificadas, respeitando a vocação urbanística da área como zona promotora de encontros e reconexão com a água.
Estabilização de margens com técnicas de bioengenharia, remoção de espécies invasoras predatórias, melhoria da qualidade do leito do canal para controle da velocidade do escoamento e aumento da diversidade de habitats para colonização aquática e orientação da população do entorno para uma gestão adequada do curso d’água.
Trechos mais conservados em contexto florestal com elevada riqueza ambiental. Recomenda-se ações para conservação dos habitats a fim de manter a riqueza. Deve-se seguir as diretrizes do Plano de Manejo do PESET, já existente, para nortear ações nessas áreas.
Já foram feitas as obras de saneamento nas comunidades da Saibreira, Cabrito e Vale Verde/Pé Preto (ainda faltam algumas obras a serem concluídas).
Foi elaborado o projeto para recuperação do rio Jacaré e das suas nascentes
As obras de recuperação do rio Jacaré e suas nascentes serão iniciadas ainda no mês de dezembro
Área de estar e contemplação;
Placas informativas e educativas sobre preservação ambiental;
Área de lazer para apoio à edificação do Médico de Família.
Bacia de biorretenção;
Área de estar;
Academia ao ar livre;
Parque infantil;
Espaço multifuncional para feiras, reuniões e apresentações;
Paisagismo e iluminação.
Área de estar;
Academia ao ar livre;
Parque infantil;
Espaço multifuncional para feiras, apresentações e reuniões;
Iluminação e paisagismo.
Hípica Fluminense
Área de estar;
Pomar;
Quadra poliesportiva;
Campo de futebol society;
Vestiários e sanitários;
Administração e depósito;
Pista de caminhada e academia ao ar livre;
Circuito de aventuras e parque infantil;
Espaço multifuncional.
Paisagismo, iluminação, sinalização com placas e mural temático no acesso;
Jardim vertical sensorial.
Bicicletário
Implantação de paraciclos e sinalização para ciclistas;
Decks em madeira sobre a bacia de detenção;
Área de recreação infantil e espaços lúdicos;
Academia ao ar livre;
Área de estar e convivência;
Estacionamento para veículos;
Abrigo para moto táxi e estacionamento para motos;
Espaço multifuncional;
Rota acessível para pedestres, com guarda corpo na margem do Rio Jacaré;
Revitalização de praça existente, com implantação de pavimentação permeável.
A trilha lúdica na bacia do Rio Jacaré foi realizada pela equipe do PRO Sustentável na Escola Municipal Eulália Silveira Bragança com os alunos do 4º ano para mostrar a importância da preservação ambiental.
A visita começou com um vídeo lúdico explicando o conceito de bacia hidrográfica e seus componentes, seguindo da cartilha “Nosso Jacaré- A bacia do rio Jacaré”, que consiste em uma história em quadrinhos onde aborda assuntos como: O que é uma Bacia Hidrográfica, História do Rio Jacaré e memórias dos moradores em relação ao Rio, Como o Rio está atualmente, como ele pode ficar e a Importância da Renaturalização da Bacia do Rio Jacaré.
Desta forma, seguiram rumo a caminhada pela Estrada Frei Orlando, com o objetivo de observar o rio Jacaré, seus componentes e o ambiente ao redor, conversando com as educadoras ambientais sobre o descarte irregular nas calçadas e possíveis soluções para os problemas observados, além de fazerem pinturas de animais que vivem no rio. Nesta atividade, as crianças descobrem que os bueiros têm ligação com o rio, com a lagoa e o mar; a importância de manter a cidade limpa, entendendo que o que entra nos bueiros vai parar num desses corpos hídricos. Os alunos foram estimulados a repensar a relação deles com o bairro e com a natureza, e a perceber o seu papel como atores no cenário ambiental.
A terceira etapa da atividade foi realizada dentro do Condomínio Santa Edwirges. Lá as crianças puderam observar o rio e seu entorno em um novo contexto, onde ambos se encontram preservados, comparando assim com o rio em frente à escola, poluído e com lixo ao redor. A ação terminou com um lanche, muita conversa e reflexão com todos os presentes.
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